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ALAGO entra de vez na luta por cota mínima para o lago

Uma cota mínima para o lago de Furnas sempre esteve entre as lutas empreendidas pela Associação dos Municípios do Lago de Furnas. O assunto sempre esteve na pauta praticamente desde a criação da associação, que conta com 36 municípios.
Agora, ações neste sentido vêm sendo intensificadas. No final do ano passado, uma audiência pública realizada na Câmara Municipal de Carmo do Rio Claro com apoio da Alago debateu a cota mínima.
No dia 22 de março de 2019, reunião em Nepomuceno teve o assunto como um dos temas, encontro que contou com mais de 150 pessoas. Na terça-feira, dia 26, a diretoria da associação, vereadores e lideranças regionais estiveram em Belo Horizonte para um encontro com o secretário de Estado de Turismo e Cultura, Marcelo Mattre.
Segundo o secretário-executivo da Alago, Fausto Costa, “ele entendeu que a operação do lago pelo sistema elétrico vem prejudicando os municípios, com o esvaziamento periódico do reservatório.”
Mais que isso, se comprometeu a acionar Furnas, Operador Nacional do Sistema Elétrico e Ministério das Minas e Energia para buscar informações sobre a operação do reservatório. “O secretário será um defensor da cota mínima de 762 metros em relação ao nível do mar”, ressalta.
Costa explica que Mattre conhece o potencial turístico do lago e seu entorno e que este turismo depende diretamente do lago. “Além disso, acredita que o turismo é uma forma de gerar riqueza e empregos.”
A Alago também protocolou um pedido de audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas, a fim de angariar apoio dos deputados estaduais para a causa. A data ainda será marcada. Uma audiência em nível federal também está nos planos, a ser realizada em Brasília.
Outra ação é esperar a definição sobre o comando de Furnas e reunir novamente prefeitos para uma visita. A ideia é mostrar que a região precisa de uma cota estável para o lago, pois sem ela não haverá desenvolvimento de segmentos como turismo, piscicultura e meio ambiente.
Um dos argumentos é que é possível manter uma cota estável, em especial com a entrada em operação da usina de Belo Monte.

 

Nepomuceno 

 

A reunião em Nepomuceno teve palestras sobre vários assuntos de interesse dos municípios lindeiros do lago de Furnas. Participaram prefeitos, vereadores, secretários municipais, lideranças e empresários.
A coordenadora de Mapeamento e Gestão Territorial de Turismo do Turismo, Ana Carlas Fernandes Moura, falou sobre os passos necessários para que as prefeituras obtenham recursos e apoio do Ministério para ações de fomento.
O jornalista Paulo Coelho fez um resumo das dificuldades enfrentadas pelos municípios do entorno do lago por causa do esvaziamento periódico do reservatório. João de Assis defendeu a importância dos esportes náuticos no lago como ação turística.
O prefeito de Cristais, Djalma Francisco de Carvalho, pediu mais uma vez a união dos prefeitos para promover o desenvolvimento da região. O professor Afonso Henrique Moreira Santos, a Unifei, mostrou dados técnicos sobre a operação do lago de Furnas. José Maria Miranda Marques apresentou a Prefeitura e a Câmara Municipal de Nepomuceno.
Para encerrar o encontro, o professor Roberto Ribeiro falou sobre a reforma política aprovada no ano passado, ressaltando as vedações impostas ao último ano de mandato dos atuais prefeitos.
Uma carta aberta aos ministérios do Turismo e de Minas e Energia, Agência Nacional de Águas, Agência Nacional de Energia Elétrica e Operador Nacional do Sistema Elétrico foi redigida ao final do encontro, com considerações sobre o lago desde o início da geração de energia até os dias atuais.

Fonte: Jornal dos Lagos - Majô de Souza (Repórter).

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