Uma das paradas foi no Ministério da Agricultura, onde conversaram com o secretário-executivo Marcos Montes. Lá, pediram nova regulamentação do Sistema de Inspeção Municipal (SIM). Atualmente, a abrangência é apenas municipal, mas os prefeitos querem uma nova regulamentação, a fim de que os produtos inspecionados possam ser comercializados em outros locais.
Outro pleito foi relacionado à cafeicultura. O pedido foi para que haja uma política para o café de montanha, que apresenta custo desproporcional em relação a locais mais planos, em que a colheita e o manejo podem ser feitos por máquinas.
Em relação ao leite, demonstraram que todos os municípios da região têm no produto um dos principais pilares econômicos. Daí a preocupação com a importação de leite pelo governo federal.
A próxima etapa foi no Ministério do Turismo. Eles explicaram ao ministro Marcelo Álvaro Antônio que sem uma cota mínima e mais estável para o lago de Furnas não há como prefeituras e iniciativa privada planejar ações. Segundo o secretário-executivo da Alago, Fausto Costa, “A maioria das ações e empreendimentos depende do nível do lago.”
Na reunião, pediram apoio para a elaboração do Plano Diretor de Turismo do Lago de Furnas, a fim de identificar as potencialidades e dificuldades para o desenvolvimento turístico, além de propor ações de fomento à economia. “Os prefeitos mostraram que as ações certas de turismo podem compensar a redução de geração de energia por Furnas”, ressalta.
Um exemplo seria a implantação de uma hidrovia turística, com vários percursos, o que geraria empregos e impostos. Outra ideia é criar um circuito gastronômico na região. “O ministro nos disse que o lago de Furnas é um dos maiores potenciais turísticos do país e que o governo vai estimular ações.”
Outro pedido foi em relação às balsas. As que funcionam atualmente são as mesmas de 60 anos atrás. Estão obsoletas e apresentam problemas constantes. Por isso, a caravana de prefeitos solicitou empenho para a aquisição de novas embarcações.
No Sebrae, onde foram recebidos pelo diretor-administrativo-financeiro, Carlos Melles, os prefeitos foram buscar apoio para que o órgão se junte ao Ministério do Turismo para o Plano Diretor de turismo e que haja um estudo para identificar a aptidão turística de cada município da região.
Outra proposta foi a criação de um armazém turístico, que seria uma espécie de vitrine para os produtos típicos do entorno do lago.
Em audiência na Casa Civil, os prefeitos foram acompanhar a liberação de emendas parlamentares, fazer interlocuções com o governo e levar pleitos individuais de seus municípios.

No Legislativo

Embora os senadores representem, por definição, o estado, os prefeitos visitaram os três senadores mineiros. Com eles, falaram novamente da cota mínima do lago e da necessidade de novas balsas para municípios lindeiros do lago.
Depois, os prefeitos se separaram para encontrar deputados federais votados na região. Levaram os mesmos pleitos apresentados aos senadores e órgãos federais, pedindo apoio para ações na região.
Outra visita dos prefeitos foi à Aprosoja, uma associação de produtores de soja que tem um trabalho importante no desenvolvimento do transporte aquaviário de soja e cana em Mato Grosso. Na associação, foram buscar experiências sobre este tipo de transporte.

Hidrovia

A discussão sobre hidrovias brasileiras terá vários eventos em todo o país. Inicialmente, a ideia é realizar aqui em Alfenas um encontro para discutir a implantação da hidrovia Lago de Furnas.
A data provável é 27 de março e o tema será “A Importância da Navegação Interior para o Turismo”. A reunião seria parte da série de debates públicos “Diálogos Hidroviáveis – Programa de Integração Permanente de Iniciativas para o Desenvolvimento Sustentável das Hidrovias Brasileiras”.
A iniciativa é da empresa Executiva, consultoria Adecon, Aprosoja, Movimento Pró-logística do Mato Grosso e Federação Nacional das Empresas de Navegação (Fenavega), com apoio de vários órgãos federais.
A primeira edição dos diálogos em 2019 será em Brasília, em 21 e 22 de março, com temas de repercussão nacional. Nas regiões, os temas serão adaptados de acordo com a realidade local.

Fonte: Jornal dos Lagos - Majô de Souza (Repórter).