Encantadora, Formiga irá fazer você voltar!

Formiga

Eugênio Vilela Junior
(37)3329-1800
35570-000
www.formiga.mg.gov.br
comunicacaoc@gmail.com
Rua Barão de Piumhi, 121 Centro - Formiga/MG

História
Os primeiros registros de desbravamento da região, são relacionados à criação da Picada de Goiás, em 1737. Também chamada de Caminho de Goiás, era uma das Estradas Reais, que ligavam minas e permitiam explorar e escoar o ouro. Com o tempo, a Coroa proibiu, sob pena de morte, a criação de novos caminhos que levasse às minas. A Picada de Goiás ligava São João del-Rei ao Rio São Francisco.

Até 1748, Goiás era uma simples comarca da Capitania de São Paulo. Em 1744, os portugueses da Comarca de São João Del Rei, a mando de Gomes Freire, tomaram da Vila de Pitangui, Comarca de Sabará, o Arraial do Tamanduá. Dali para frente, até o rio São Francisco, tudo ficava “entre a Capitania de Minas Gerais e Goiás”, inclusive, o Quilombo do Ambrósio que, conforme sempre afirmou o historiador Leopoldo Corrêa, ficava ao norte da atual Cristais-MG. A capitania de São Paulo foi extinta em 1748, quando passou a ser subordinada à do Rio de Janeiro. Nesse mesmo ano, também se criaram as capitanias de Goiás e Mato Grosso.

Nessa ocasião, Gomes Freire usurpou da extinta São Paulo o atual Sudoeste de nosso Estado. Gomes Freire, no entanto, falhou e não conseguiu agregar o Triângulo, então Goiano, à nossa Capitania. Além disto, inconformado por não ter conseguido destruir os quilombos em 1746 – o que causou a extinção do imposto da Capitação – Gomes Freire mandou invadir em 1759, o Triângulo, que pertencia à Capitania de Goiás e subjugar também os rebeldes de nosso atual Sudoeste. Mas, o Triângulo continuou goiano.

Assim, Inácio Correia Pamplona, segundo ele mesmo declarou em processo de justificação de 1803, foi contratado pelo próprio Gomes Freire para continuar a empreitada, agora, de tomar de Goiás o atual Triângulo Mineiro, o que teria empreendido a partir de 1766, passando sempre, no seu ir-e-vir, por Formiga e região, como consta do diário e roteiro da suposta expedição que, em 1769, empreendeu a mando do conde Valadares. A partir de então, Inácio Correia Pamplona passou a parasitar política e administrativamente toda a nossa região, sempre tentando distorcer os fatos de maneira a carrear para sua história, fatos e feitos de outras pessoas, como Antônio João de Oliveira, Bartolomeu Bueno do Prado, Inácio de Oliveira Campos, João de Godoy Pinto da Silveira e muitos outros.

Com o passar do tempo, vários sesmeiros começaram a se instalar pelo caminho, dando origem a diversas fazendas. Foram concedidas 25 sesmarias aos desbravadores, para que pudessem desenvolver a região. Com a instalação dessas fazendas, também deu-se início à fuga de escravos. Registra-se, à época, uma carta a D. Maria I, relatando a imensa quantidade de escravos fugidos na região. Houve várias expedições para capturar os fugidos e destruir os quilombos formados. A mais célebre, registrada em documentos da época, foi a investida do Capitão Manoel de Sousa Portugal contra o Quilombo do Ambrósio.

A respeito do Quilombo do Ambrósio e os demais quilombos da Caminho de Goiás, Luiz Gonzaga da Fonseca, em “História de Oliveira”, narra os ataques dos quilombolas:

“Não há dúvida que esta invasão negra fora provocada por aquele escandalosa transitar pela picada, e que pegou a dar na vista demais. Goiás era uma Canaã. Voltavam ricos os que tinham ido pobres. Iam e viam mares de aventureiros. Passavam boiadas e tropas. Seguiam comboios de escravos. Cargueiros intérminos, carregados de mercadorias, bugigangas, miçangas, tapeçarias e sal. Diante disso, negros foragidos de senzalas e de comboios em marcha, unidos a prófugos da justiça e mesmo a remanescentes dos extintos cataguás, foram se homiziando em certos pontos da “Picada de Goiás”. Essas quadrilhas perigosas, sucursais dos quilombolas do Rio das Mortes, assaltavam transeuntes e os deixavam mortos no fundo dos boqueirões e perambeiras, depois de pilhar o que conduziam. Roubavam tudo. Boiadas. Tropas. Dinheiro. Cargueiros de mercadorias vindos da Corte (Rio de Janeiro). E até os próprios comboios de escravos, matando os comboeiros e libertando os negros trelados. E com isto, era mais uma súcia de bandidos a engrossar a quadrilha. E do combate a essa praga é que vai surgir a colonização do território e região.. Sobre estas alegações, veja item específico A Violência no Caminho de Goiás e o Quilombo do Ambrósio.

Em 1764, o então governador de Minas Luís Diogo Lobo da Silva, parte em viagem pelo centro-oeste e sudoeste do atual estado, passando por Itapecerica (à época Tamanduá), pela Fazenda do Pouso Alegre e pelo Quilombo de Formiga, onde residia sesmeiro, Antônio José, o Torto, sob o comando do qual criou uma Esquadra de Cavalaria Auxiliar. Dali, prosseguiu sua viagem de 365 léguas visando a consolidar o abocanhamento do atual Sudoeste de Minas que, até 1748, pertencera à extinta Capitania de São Paulo.

Objetivando desenvolver os povoados da região, a fim de diminuir o número de pessoas desocupadas no estado, ele convida Inácio Correia Pamplona, para se instalar na região. Em 1767, o governador concede a Inácio Correia Pamplona e seus acompanhantes, 20 sesmarias na região. A de Inácio, posteriormente, deu origem ao município de Bambuí. A região, que mais tarde se tornaria os município de Formiga e Córrego Fundo, foi entregue a Domingos Antônio da Silveira.

Entre a concessão das 25 semarias da Picada de Goiás e a concessão das 20 sesmarias por Luís Diogo Lobo da Silva; houve a abertura de mais uma picada entre Tamaduá e Piumhi. Essa picada, visava um encurtamento de caminho entre os povoados. Esse caminho, que foi aberto pelos primos Estanislau de Toledo Pisa e Feliciano Cardoso de Camargos, seguia um antigo caminho feito por índios e escravos fugidos. A Picada de Tamanduá a Pium-í, como ficou conhecida, foi a que deu origem ao povoamento de Formiga.

Turismo
O lago de Furnas atrai muitos turistas à região. Situado a 20 km da cidade, o lago tem ao redor clubes e condomínios.

A cidade possui ainda o Cristo Redentor, no morro da Loreta, cachoeiras e lagoas.

Em 2013, O município de Formiga entrou no turismo cultural cervejeiro, com a inlcusão da Microcervejaria Fürst Bier. Ideia advinda de Paulo Furst, este jovem empreendedor produz cervejas especiais respeitando a Lei da Pureza da Baviera, a Reinheitsgebot, de 1516. A supervisão da produção e o start-up das máquinas ficou a cargo do mestre cervejeiro Evandro Zanini. A Fürst Bier irá funcionar sob o forma de Brewpub e Biergarten.

Pular para o conteúdo