História
Curiosa é a história do nome do município, no sul do Minas Gerais, com a sede a 950 metros acima do nível do mar. Tem como maior produção e fonte de renda econômica o Café.
O povoado surgiu ao redor da capela erguida em honra a Nossa Senhora do Rosário do Cabo Verde, em 1766.
Em outubro de 1866, elevou-se a município e em 1877 adquiriu foro de município.
Cabo Verde teve um de seus filhos ilustres, o Tte. Cel. Luís Antônio de Morais Navarro, que militando na política foi chefe do Partido Liberal local, titulado por Dom Pedro II o segundo barão de Cabo Verde, em 3 de agosto de 1889, decreto registrado no Livro XII, pag. 120, Seção Histórica do Arquivo Nacional.
Já em 25 de abril de 1868 havia recebido o grau Cavaleiro da Imperial Ordem da Rosa, pelos relevantes serviços prestados a cidade, inclusive, na qual a sua família possuía a fazenda Anhumas com um engenho de açúcar, (e ainda seria presidente de sua Câmara Municipal, em dois períodos: de 15 de janeiro de 1881 a 6 de abril de 1881 e de 7 de março de 1892 a 6 de novembro de 1894) e ao município vizinho, Muzambinho.
Aos 9 de janeiro de 1881, o futuro barão de Cabo Verde empossou outro cabo-verdense ilustre, Cesário Cecílio de Assis Coimbra – avô materno do futuro 19º Presidente do Brasil, em 1955, Carlos Coimbra da Luz – como o primeiro presidente da Câmara Municipal de Muzambinho.
Em 18 de junho de 1881, teve o seu grau, na Imperial Ordem da Rosa, elevado para Comendador em reconhecimento a sua atuação política administrativa em prol da região.
Um de seus filhos, também cabo-verdense, o Cel. Francisco Navarro de Moraes Salles – que era casado com Delminda America Pereira de Magalhães Navarro, filha do Professor Major Joaquim Leonel Pereira de Magalhães e de Ana Custodio de Moraes Navarro de Magalhães, irmã do Barão de Cabo Verde – dirigiu por mais de 20 anos os destinos políticos de Muzambinho, como presidente da Câmara Municipal, por várias legislaturas (de 1894 a 1904 – de 1912 a 1913 – de 1925 a 1930), estreitando ainda mais os laços que já eram existentes entre as duas cidades.
O segundo barão de Cabo Verde foi casado com Josefa Amelia dos Santos Bueno de Moraes Navarro, Baronesa de Cabo Verde. Faleceu o barão em 6 de janeiro de 1901, aos 71 anos, no mesmo solo em que nasceu e onde, também, foi sepultado – Cabo Verde.
Duas versões explicam a origem do nome do município. A primeira conta que ele teria sido dado pelos irmãos Veríssimo de Carvalho, desbravadores da região, porque o local se assemelhava às ilhas de Cabo Verde, terra natal deles. A versão mais aceita, porém, conta que o lugar, rico em jazidas minerais, atraiu um grande número de garimpeiros em busca de ouro e pedras preciosas. Um dia, surpreendidos por uma tempestade às margens do ribeirão Assunção, eles deixaram suas ferramentas ao fugir em busca de abrigo. Ao retornarem, vários dias depois, encontraram uma das enxadas com o cabo cheio de brotos. Daí o nome Cabo Verde.
Economia
No Produto Interno Bruto (PIB) de Cabo Verde, destacam-se a agropecuária e a área de prestação de serviços, com significativa participação da Cafeicultura. De acordo com dados do IBGE, relativos a 2014, o PIB do município era de R$ 172,148 mil, 8,334 mil eram de impostos sobre produtos líquidos de subsídios a preços correntes e o PIB per capita era de R$ 10 875,39 .Em 2010, 71,6% da população maior de 18 anos era economicamente ativa, enquanto que a taxa de desocupação era de 2,5%.
Salários juntamente com outras remunerações somavam 15,672 mil reais e o salário médio mensal de todo município era de 1,9 salários mínimos. Havia 175 unidades locais e 270 empresas atuantes em 2012.
Setor primário
Produção de Café, Milho, Feijão e Cana-de-Açúcar em Cabo Verde no ano 2012
Produto Área colhida (hectares) Produção (tonelada)
Café 8 090 16 746
Milho 2 080 9 600
Feijão 420 336
Cana-de-Açúcar 415 38 180
Em 2014, a pecuária e a agricultura acrescentaram 52 945 mil reais na economia de Cabo Verde. Segundo o IBGE, em 2012 o município possuía um rebanho de 20 501 bovinos, 14 bubalinos, 418 equinos, 45 muares ,184 ovinos, 4 230 suínos e 144 198 aves, entre estas 51 951 galinhas e 92 247 galos, frangos e pintainhos.Neste mesmo ano, a cidade produziu 13 475 mil litros de leite de 7 419 vacas, 258 mil dúzias de ovos de galinha e 1 891 quilos de mel de abelha.
Na lavoura temporária, são produzidos principalmente cana-de-açúcar,milho,feijão,batata e a soja.Na lavoura permanente se destacam a produção de café arábica que é o principal produto gerador de renda do município e a produção de laranjas (196 toneladas).
Setores secundário e terciário
A indústria, em 2014, era o setor menos relevante para a economia do município .Adicionando 10 846 mil reais ao PIB de Cabo Verde. Já o setor de prestação de serviços , administração, saúde e educação públicas e seguridade social adicionou 63 174 mil reais ao PIB do município.
Lazer
Contamos com o Clube AECV – Associação Esportiva Cabo Verde (Declarado de Utilidade Pública Municipal e Estadual pela Lei 1.744/97 (Prefeitura) e Lei 18.512/2009 (Estado de Minas Gerais), situado na Rua Prefeito Francisco Eliziário de Souza, 52 – centro. Fone: 35. 3736.1136. O Clube conta com duas piscinas, quadras externas, sendo uma de areia, ginásio coberto poliesportivo, parque infantil, sauna, serviço de bar, etc.
Temos também, em fase de restauração o Complexo Turístico Usina Pedregal, composto por belíssimas cachoeiras em queda livre formando piscinas naturais. Contamos com o Estádio Municipal Dr. Antônio de Souza Melo (Brinco de Ouro da Praia Formosa), Campo de Futebol no Distrito de São Bartolomeu de Minas, no Distrito de Serra dos Lemes e Bairro Coelhos, dentre outros Campos em formação. Temos Quadra poliesportiva no Bairro Chapadão, Distrito de São Bartolomeu de Minas, Serra dos Lemes e Bairro Coelhos.
O Município dispõe de um moderno Ginásio de Esportes no Bairro São Judas, onde é a sede do Departamento de Esportes (Av. Prefeito Duvivier da Silva Passos, 300 – Fone: 35. 3736.1666), em cujas proximidades foi construído também uma Pista de Skate.
Outra alternativa, muito explorada, de lazer no Município são os pesqueiros nas localidades rurais que geralmente possuem serviço de bar e restaurante.
Cultura
Academia Caboverdense de Letras
Clique e acesse o site da academia.
Casa da Cultura
A área cultural desenvolvida no Município de Cabo Verde é constituída por vários segmentos. Destacam-se a existência de tradicionais grupos folclóricos como: Caiapós, Capoeira, Violeiros, Folia de Reis, etc.
Através de aulas de jazz, pintura, piano, violão, etc, procura o Município dotar o seu povo de vários conhecimentos culturais.
Cultiva tradicionalmente a fanfarra do Colégio Estadual, a qual tem se destacado em beleza e elegância, promovendo o nome da Cidade. A Casa da Cultura, com sede na Rua Dr. Augusto de Melo Souza nº 110, abriga também as atividades do grupo da terceira idade “Viva a vida”.
Eventos Culturais
Janeiro – festejos das Folias de Reis
Fevereiro – carnaval de rua e no salão da AECV
Março – Semana Santa com quadros vivos e procissões
Abril – Festa de São Benedito,com presença do Grupo Caiapós no Bairro Cahapadão
Junho – Feira do Artesanato e Festas Juninas
Julho – Festas Julinas, notadamente a do Bairro São Judas Tadeu
Agosto – Encontro de Grupos Folclóricos
Setembro – Comemorações Cívicas de 7 de Setembro
Outubro – Aniversário da Cidade com realização de Encontro de Cavaleiros, Rodeio, Encontro de Bandas, etc.
Novembro – Concurso “Rainha do Café”
Dezembro – Comemorações natalinas e festejos de fim de ano